Uma onda de confrontos entre adeptos de futebol causou para já 73 mortos em Port Said, no Egipto. A violência começou a incendiar o estádio do Al-Masry no final do encontro frente ao Al-Ahly, clube treinado pelo português Manuel José, que revelou ter sido agredido com socos e pontapés na cabeça.
A BBC adianta que a última actualização aumentou para 73 o número de mortes causadas pelos confrontos entre adeptos no interior do estádio. Os relatos apontam para que se tenha já alcançado o milhar de feridos.
 
A violência que manchou o estádio em Port Said.

A cadeia de televisão britânica sublinha ainda que a insuficiente presença policial no recinto terá contribuído para o espoletar da violência. O reduzido controlo por parte das autoridades permitiu que vários adeptos conseguissem levar facas para o interior do estádio, de acordo com o relato de um correspondente da BBC no Cairo, capital egípcia.

O Egypt Independent reforçou igualmente a ausência de carga policial no estádio, citando os relatos de vários adeptos presentes no estádio, ao apontarem que as autoridades terão mesmo deixado os adeptos do al-Masry entrar no relvado.
O diário egipcío cita o ministério da Saúde do país para confirmar as 73 mortes, avançando ainda com centenas de feridos, numa altura em que as autoridades ainda estão a tentar apurar o número de vítimas.

Manuel José agredido no meio do «massacre»

A violência teve início quando centenas de adeptos começaram a invadir o campo do estádio do Al-Masry, que venceu a partida (3-1) frente ao seu histórico rival, o Al-Ahly, clube treinado por Manuel José há já várias épocas.
O guarda-redes da equipa treinada por Manuel José, o Al-Ahly, revelou que há «milhares de feridos» espalhados pelo chão dos corredores de acesso aos balneários. «Um homem chegou a morrer já dentro do balneário», disse Ahmed Nagi.
Contactado pela SIC, o treinador português revelou que foi agredido por vários adeptos com socos e pontapés na cabeça, antes de ter conseguido escapar para os balneários do estádio. À medida que inundavam o relvado, os milhares de adeptos do al-Masry iam atirando pedras, garrafas e fogo de artifício.
Al-Badry Farghaly, um deputado da cidade de Port Said, classificou como «um massacre» o que se passou no interior do estádio. «De todas as guerras que presenciei, nunca tinha visto tantos mortos no mesmo sítio e à mesma hora», realçou depois.
Mohammed Abu Trika, outro jogador do Al-Ahly, expressou o seu espanto com uma questão: «Será a vida assim tão barata?», interrogou, ao falar com os jornalistas, antes de retrarar «um cenário de guerra», explicando que «há pessoas a morrer e ninguém está a fazer nada».
Em outra partida do campeonato egipcío que ocorria à mesma hora, no Cairo, o Zamalek - um dos clubes mais populares do país -, recebeu o Ismailia. O encontro acabou ao intervalo quando o treinador da equipa da casa proibiu os seus jogadores de regressarem para a segunda parte, face à violência que inundava o estádio em Port Said e que também já se começava a repercutir no Cairo.
A Federação Egipcía de Futebol já anunciou a sua decisão em suspender a primeira liga de futebol por tempo indeterminado, face à violência que irrompeu nos estádios do país.


Setenta e três pessoas morreram nesta quarta-feira no Egito em confrontos após uma partida de futebol entre dois times da cidade de Port-Saïd.
 Clube do treinado português Manuel José que se encontra-se protegido por militares,mais vídeos....




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